quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Prisioneiro morre após tortura de soldados britânicos

Um prisioneiro iraquiano, morto em 2003, foi vítima de «violência gratuita grave» por parte de soldados britânicos, segundo concluiu um inquérito público divulgado esta quinta-feira em Londres.

O inquérito pretendia esclarecer as circunstâncias da morte de Baha Mousa, um funcionário de 26 anos, pai de dois filhos, dois dias depois de ter sido detido por militares britânicos, juntamente com outros nove civis por suspeita de fabricar bombas.

Durante a prisão preventiva de 36 horas terá sido objecto de maus tratos, que resultaram em 93 lesões, incluindo costelas e o nariz partido, acabando por morrer de asfixia, causada pela posição de tensão a que foi submetido.

Agora, e após um ano de investigações durante o qual foram ouvidas 348 testemunhas, o juiz aposentado William Gage concluiu que a morte se deveu a «violência atroz». Gage responsabiliza o ministério da Defesa britânico por terem sido usados no Iraque métodos de interrogatório proibidos.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou este caso de violência. «É verdadeiramente chocante, um incidente aterrador. Isto não deveria ter acontecido. E não deveremos permitir que volte a acontecer», disse aos jornalistas na sua residência em Downing Street.

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